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terça-feira, 22 de março de 2016

A guerra contra o mal


Efésios 6.10-12

10 O que mais eu posso dizer? Apenas isso: estejam fortes no Senhor e na força do seu poder. 11 Coloquem a completa armadura de Deus. Então, vocês poderão permanecer firmes contra as armadilhas do diabo. 12 A guerra que nós estamos travando não é contra carne ou sangue. É contra os líderes, contra as autoridades, contra os poderes que governam o mundo nesse tempo de escuridão, contra os elementos espirituais da maldade nos lugares celestiais. (Tradução de N.T. Wright)

O mal é maior que a soma das maldades do mundo.

Essa realidade é vista em nosso dia a dia. Buscamos a justiça, a bondade e a honestidade onde vivemos. Mas, parece, elas escapam de nossas mãos.

A razão disso acontecer é a existência de forças controladoras ao nosso redor.

Elas adquirem sinergia. 2 + 2 tornam-se 5. Ou mais.

Acontece que Deus concedeu um privilégio para o ser humano, o qual também seria sua responsabilidade: administrar o mundo do jeito de Deus, a partir de uma vida de intimidade com Ele.

Essa situação configura a criação à imagem de Deus.

Mas o ser humano abriu mão da responsabilidade. Entregou-a para elementos da própria criação, transformando-os em falsos deuses.

Hoje, essas forças (falsos deuses) tem nome: dinheiro, prazer, poder, entre outros.

Antigamente, tinham outros nomes: Mamon, Afrodite, César.

Então, quando você vive preocupado com dinheiro e entende que o teu valor está em ser alguém próspero, você serve a Mamon e não a Deus.

Quando você troca de amor como quem troca de roupa e entende o teu valor a partir da necessidade de ser aceito por outros, você serve a Afrodite e não a Deus.

Quando o grande objetivo de tua vida é conquistar uma posição de destaque na sociedade e entende o teu valor no prestígio que você possui, você serve a César e não a Deus.

Você percebe quem comanda esse mundo?

Por isso, Paulo diz que nossa guerra não é contra carne ou sangue, mas "contra os poderes que governam o mundo nesse tempo de escuridão" (v.12).

No mundo de Paulo, essas expressões não significavam necessariamente “hostes demoníacas”, mas forças criadas para estar em harmonia com o propósito do criador, transformadas em falsos deuses, as quais recebia nomes como Mamon, Afrodite e César.

Colossenses 1.16 deixa isso bem claro: “Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele.”

O diabo existe (v.11). É um ser semi-pessoal que promove o mal porque o ser humano entregou esse poder a ele. Mas essa é outra história que merece ser contada em outro espaço.

Aqui, ele representa o acusador, o tentador, o sedutor. Ele cria armadilhas para nos afastar dos propósitos do criador. Ele põe lenha na fogueira.

Mas, perceba, nossa luta não é diretamente contra o diabo. É contra as forças controladoras que agem no mundo.

Elas se tornaram "forças" porque a humanidade não agiu como imagem de Deus. Abriu mão de sua responsabilidade e foi dominada pelo mal.

Aquilo que era para contribuir com o projeto de Deus, acabou por escravizar toda a criação, inclusive o ser humano.

É como se vivêssemos no exílio, como o povo hebreu vivia no tempo do Egito. A guerra continua. Necessitamos de libertação. Alguém que nos conduza para fora do exílio e da escravidão.

A boa notícia é que o libertador já veio.

No Messias (Cristo) Jesus, todas as coisas são devolvidas ao seu propósito original. Deus reconciliou Nele todas as coisas (Colossenses 1.20).

Na cruz o mal foi vencido. Na ressurreição, a nova criação foi inaugurada.

Mas ainda estamos em guerra?

Sim. Porém, nosso estado de guerra é temporário. A vitória já foi decretada. O reino já foi iniciado. 

Só que o mundo ainda não se deu conta disso. Vive a partir do reino antigo.

E a maneira de Deus agir não é a coerção. Sua conquista não é pela força, mas pelo amor subversivo.

Por isso, o chamado do povo de Deus é para implementar a vitória de Jesus no mundo, através de atos, palavras e orações, a fim de que o mundo creia nessa nova realidade e, também, viva a partir dela.

Com essa tarefa no coração, portanto, aguardamos a manifestação do Rei Jesus na terra, quando a Nova Criação será consumada e tudo será colocado em ordem novamente.

Muitos, ainda, não perceberam a alvorada do reino de Deus. A luz do sol está presente, mas vivem como cegos, em pleno escuro.

Nessa perspectiva é que lutamos contra as forças que governam o mundo nesse tempo de escuridão.

E agora, como fazemos isso?

Vestindo a armadura de Deus?

Sim e não.

Mas isso será assunto para outra postagem, ok?


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