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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Como você gostaria de ser lembrado?

Há dois anos, dia 27 de julho de 2011, morria em Londres aos 90 anos John Stott. Veja como ele gostaria de ser lembrado...

“Como um cristão medíocre que foi resgatado e teve o desejo de entender, expandir, relatar e viver a Palavra de Deus”


Ver em Ultimato

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Henri Nowen: exemplo e admiração

A vida de Henri Nowen é digna de admiração. Além de suas muitas sábias orientações e discernimentos espirituais, merece destaque a sua abnegação. Quando ele foi lecionar em Harvard, a fama e prestígio de Nowen como professor, escritor e conferencista já percorriam o mundo, e em todo lugar por onde passava ele era bastante respeitado. Todavia, tudo isto não bastava para amenizar o profundo vazio espiritual e as feridas pessoais que ele sentia aumentar com o tempo. Tudo isso, combinado com uma vida de fama e agenda lotada de compromissos, levaram Nouwen a um ponto de colapso total num espaço de três anos. Até que ele teve a compreensão, à luz da experiência de Jesus, de que o caminho para subir é descer. Assim, ele abandonou sua brilhante carreira nas melhores universidades dos EUA para compartilhar sua vida com os necessitados, servindo em uma comunidade para deficientes mentais, a Arca - O Amanhecer, em Toronto no Canadá. Conforme o próprio Nouwen disse em seus escritos, “ali ele não foi para dar, mas para receber; não por causa de excesso, mas por falta. Foi para conseguir sobreviver” (YANCEY, P. Alma Sobrevivente, 2004, p. 306).

Sinto algo semelhante quando presto auxílio a grupos de apoio para dependentes químicos. Não é egoísmo, mas convicção de limites e da necessidade de outros para seguir na jornada da vida. Na verdade, nesse momento percebo o quanto sou dependentes da graça de Deus e experimento a verdadeira força que vem da fraqueza.
Vinicius
(Ver em FTL)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

IBGE e a religiosidade no RS

Dados do IBGE colocam municípios do Estado como campeões em credos
Itamar Melo
Os dados sobre religião do Censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), consagram o Rio Grande do Sul como o Estado dos extremos religiosos. Estão em território gaúcho o município mais católico, o mais evangélico, o mais umbandista, o mais islâmico e o mais mórmon do país. O Estado tem a Capital mais judaica. Até entre os sem fé os gaúchos se destacam: a única das 5.564 cidades brasileiras onde quem não tem religião é maioria fica aqui: Chuí.
A principal explicação para a diversidade está na formação histórica do Estado. Imigrantes europeus de forte religiosidade, especialmente italianos, fundaram pelo Interior comunidades que hoje são os municípios brasileiros com maior proporção de católicos. A imigração europeia também explica a liderança gaúcha no ranking dos municípios mais evangélicos. São cidades fundadas por luteranos vindos da Alemanha, que mantêm a tradição do credo de seus ancestrais.

Mas surpreendente é a força das religiões afro-brasileiras. Apesar de ser o segundo Estado mais branco do país, o Rio Grande do Sul tem a maior proporção nacional de adeptos da umbanda e do candomblé — 1,47%, quase cinco vezes o percentual da Bahia. Estão em terra gaúcha as 14 cidades com mais seguidores dessas religiões, a começar por Cidreira. No Estado, 58% dos fiéis afros são brancos. Para o sociólogo da religião Ricardo Mariano, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), a explicação pode estar no sincretismo vivenciado na Bahia, no Rio e em São Paulo:
— Na Bahia, existe um grande sincretismo afro-católico. Lá, a Igreja tem pleno domínio dessa situação. Por isso, parte das pessoas dos cultos afros se identifica como católica. 
O Estado tem três municípios entre os cinco mais islâmicos, liderados por Chuí. A presença de imigrantes do mundo árabe explica esse quadro. Essa imigração também pode dar uma pista do motivo para Chuí ser a cidade onde mais gente se declara sem religião (54,24%). Mariano tem suspeitas para explicar o fenômeno:
— Anos atrás, foram feitas acusações de que haveria terroristas islâmicos na região, o que pode ter deixado as pessoas desconfortáveis. Outra possibilidade é uma influência do Uruguai, um dos países mais leigos do mundo.

No caso dos mórmons, que registram alguns de seus melhores percentuais em cidades gaúchas (chegando a 3,52% em Quaraí), Mariano observa que é preciso investigar para saber a causa do fenômeno, mas acredita que ele possa estar relacionado a algum trabalho missionário específico.

[Menos católicos, mais evangélicos e espíritas]
A Igreja Católica está perdendo espaço de forma acelerada no mercado da fé brasileiro. Conforme o Censo 2010, a proporção de católicos no país caiu para 64,6%, contra os 73,6% de 10 anos antes. Em 1980, os católicos eram 89,2% da população. Já há três Estados onde os seguidores do Vaticano não são maioria: Rio de Janeiro, Rondônia e Roraima.

No Estado, a sangria de fiéis da Igreja acentuou-se em relação à década anterior. Depois de cair de 81,3% para 76,4% entre 1991 e 2000, a proporção despencou para 68,8% em 2010. Em termos absolutos, há menos católicos do que no passado, no Estado e no país, apesar do crescimento populacional.

As ovelhas desgarradas desse rebanho estão alimentando as hostes de outros credos e também o time dos sem fé. Já se declaram sem religião 8% dos brasileiros e 5,9% dos gaúchos. Mas isso não significa avanço do ateísmo. O IBGE descobriu que eles são muito poucos: 0,32% no Brasil, 0,47% no Estado. Uma religião que teve avanço significativo, em termos percentuais, foi o espiritismo. No Estado, passaram de 1,8% para 3,2% da população. O recuo dos católicos, no entanto, está diretamente ligado ao aumento de 44% na proporção de evangélicos, que passou de 15,4% para 22,2% da população do país em uma década.

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2012/06/dados-do-ibge-colocam-municipios-do-estado-como-campeoes-em-credos-3806966.html