Eu creio, e agora?
Boa pergunta para quem se tornou (ou já é!) cristão. Qual o propósito de minha vida como membro da comunidade da Nova Aliança em Jesus?
Talvez, a resposta para essa pergunta seja muito simples: Agora, devo buscar a união mística (e misteriosa!) com o Cristo-Messias-Rei Jesus.
Boa pergunta para quem se tornou (ou já é!) cristão. Qual o propósito de minha vida como membro da comunidade da Nova Aliança em Jesus?
Talvez, a resposta para essa pergunta seja muito simples: Agora, devo buscar a união mística (e misteriosa!) com o Cristo-Messias-Rei Jesus.
Teologicamente, essa expressão é muito discutida na
perspectiva da salvação, da justificação do crente pela fé, da adoção do ser
humano como filho de Deus, etc. Também, às vezes, ela é vista como uma experiência
etérea, espiritual, a qual é obtida por meditação e contemplação.
Por mais importantes que sejam essas abordagens, é possível olhar para a união mística com Cristo como a de um casamento
(lembrando Efésios 5). Não é possível estar casado sem considerar o cônjuge em
tudo o que se faz. A pessoa não é mais só ela, mas é ela+cônjuge. Se viaja está
presente, se dorme está presente, se conversa ou pratica esporte está
presente... Ela é, assim, “um com o cônjuge”.
A relação sexual, por sua vez, marca a intimidade, o êxtase
da união. Mas não é o único momento onde “se tornam um”, como diria o senso
comum. A mística união também acontece no silêncio solidário, nas ações
compartilhadas, no namoro cotidiano, na criação dos filhos, em ocasiões
inusitadas, na saudade, no cuidado. Nesse sentido, é possível dizer que a união
mística é uma união encarnada na realidade. Ela envolve o ser humano como um
todo, não apenas os momentos de êxtase (embora eles sejam fundamentais).
O "místico" da união, assim, não admite fragmentações acadêmicas. Não pode apenas ser entendido com uma experiência transcendente, o qual acontece em nível espiritual. Pelo contrário, a união mística exige a conexão de todas as nossas emoções, pensamentos, atitudes, corporeidades e transcendências com o Cristo.
O "místico" da união, assim, não admite fragmentações acadêmicas. Não pode apenas ser entendido com uma experiência transcendente, o qual acontece em nível espiritual. Pelo contrário, a união mística exige a conexão de todas as nossas emoções, pensamentos, atitudes, corporeidades e transcendências com o Cristo.
Thomas Merton, um místico cristão contemporâneo, afirma no
seu livro Na Liberdade da Solidão:
“Vivemos como criaturas espirituais quando vivemos como homens que procuram a
Deus. Para sermos espirituais, temos de permanecer homens. E, se isso não fosse
evidenciado em toda parte na teologia, o Mistério da Encarnação seria disso,
amplamente, uma prova. Por que Cristo se fez homem senão para salvar os homens,
unindo-os misticamente a Deus por meio de sua santa Humanidade?”
Portanto, assim como todo casamento idôneo necessita ser
vivido a partir dos dilemas de sua realidade (não como uma fantasia romântica
idealista), a união com Cristo acontece dentro das lutas e contradições humanas
e, com certeza, a partir delas. É um ato de fé. Mas, também, um difícil processo
de aprendizado, o qual exigirá grande dedicação. O resultado vale a pena: é
simplesmente a vida plena prometida por Jesus (João 10.10).
Mas, na prática, como é possível desenvolver a união mística com o
Cristo?
Isso fica para o próximo texto, ok?
Pr. Vinicius
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