Para muitos brasileiros, há uma
certa apreensão no Brasil, considerando as notícias veiculadas pela grande
mídia nas últimas semanas. O quadro político e econômico aponta para
dificuldades nos próximos meses. As denúncias de corrupção também contribuem
para o sentimento de frustração em relação ao futuro melhor que todos queremos
para o País, para nós e para as futuras gerações. Percebem-se sentimentos que
vão desde a indignação ao cinismo, da reivindicação por justiça ao descrédito
de que a justiça e o bem se estabelecerão.
Não concordamos com atitude
escapista de alguns cristãos que se abstraem de nossa realidade, através de uma
vida religiosa sem nexo ou consequência em relação ao contexto. Lidamos
inquietos com a questão e, por isso, como cristãos perguntamos: o que podemos
fazer?
O convite que a Aliança Cristã
Evangélica Brasileira faz à Igreja evangélica neste momento é para a oração,
não como uma forma de escapismo e nem que nela se esgote a sua atuação ante à
realidade. Mas, tão somente, comecemos pela oração a nossa ação como povo de
Deus!
Orar, neste momento, é uma
manifestação de obediência a Deus, pois a Bíblia exorta a Igreja de Cristo a
orar em favor das autoridades:
“Antes de tudo, recomendo que se
façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens;
pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida
tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isso é bom e agradável
perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao conhecimento da verdade”. (I Tm 2.1-4).
É nesse contexto que
desenvolvemos, portanto, o serviço a Deus, ao próximo e à nação brasileira.
Devemos orar pelas autoridades e pelo povo brasileiro, colocando nossas
dificuldades como sociedade diante de Deus, conectando o nosso coração a Deus e
o nosso interesse com as necessidades da nação.
Além disso, diante de Deus
busquemos sabedoria e discernimento para uma ação transformadora como
seguidores de Jesus. E, como cidadãos e cidadãs brasileiros, reafirmemos as
instituições políticas, as liberdades democráticas e o estado de direito, a fim
de exercermos a nossa cidadania com espírito crítico e consciência cristã.
Levando em conta as orientações apostólicas, adotemos uma postura respeitosa,
cordial e profética.
Oremos pelo nosso Brasil, pelo
nosso povo e pelos nossos governantes. Oremos também pela Igreja, para que ela
seja um exemplo de integridade sem corrupção, a começar por seus líderes.
Clamemos por justiça e arrependimento, para que a Igreja seja verdadeiramente
sal da terra e luz do mundo. Oremos para que as pessoas busquem ao Senhor nosso
Deus e que Ele nos livre da injustiça, do ódio e da violência.
À luz desses motivos de oração,
convidamos as Igrejas Evangélicas a que, nas próximas semanas, programem tempos
específicos de intercessões e incentivem ao jejum e à oração cada participante
de nossas Igrejas.
Aliança Cristã Evangélica
Brasileira
Brasil, 15 de março de 2015
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