No teu
aconchego, imponente Figueira
Perscruto a
imensidão da vida
Embora escondida
Em sua
plenitude
Mas... nessa
atitude,
Contemplo
belezas, cheiros e sabores,
E resgato
matizes de cores
De uma
realidade esquecida
Que insiste
em ser revivida
E
compartilhada... com o Vento.
Sob o teu
manto, majestosa Figueira
Me sinto
pequeno e frágil
Como realmente pareço...
Mas me
apresento, mesmo assim
Para
explorar no mundo os seus confins
Suas dores,
amores, batalhas e fins
Buscando,
talvez, um traçado
Que me leve,
descansado,
A um sempre novo
e régio começo.
Debaixo do
teu regaço, estimada Figueira,
Sinto
aconchego, ternura...
Enfim, a
coisa pura
Numa utopia
persistente
Pois, creio,
existe a semente
Que se
espalha na terra nua
E confronta a
realidade crua
De viver com
sentido no presente.
Então, amiga
Figueira,
Te quero
sempre ao meu lado
Se tornando
minha companheira, parceira
Sem
preconceito ou barreira
A dialogar
com a vida,
E descobrir
a lida
No mundo
tresloucado
Com a
certeza que na tua guarida
Posso me
encontrar com a Vida
Que tanto
tenho buscado.
Vinicius Silva de Lima
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