1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2 Todo
ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda,
para que dê mais fruto ainda. 3 Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes
tenho falado.
Quando leio João 15 me vem à lembrança minha lida com a
agricultura. Posso dizer, com certeza, que a poda de videiras é uma das
práticas culturais agrícolas mais desafiadoras. Primeiramente, temos de
conhecer os ramos potencialmente frutíferos e diferenciá-los dos vegetativos e
dos ditos ramos “ladrões” (apenas sugam a energia da videira, mas jamais darão
fruto). O próximo passo é fazer a poda corretamente, direcionando o crescimento
do ramo para a luz, a fim de produzir os melhores frutos. Se a
poda não é feita (ou é mal feita) os ramos crescem enrolados e sem direção,
perdendo a energia da luz. Nesse caso, expressam frutos de má qualidade.
Creio que a figura usada por Jesus no Evangelho de João leva
em consideração esse processo. Os frutos são o sentido da videira, o seu
propósito do ponto de vista do agricultor. E, talvez, o grande propósito de
Jesus aqui seja direcionar a formação de seres humanos ligados a ele, os quais devem expressar sua vida e sua natureza. Entretanto, essa necessária frutificação apenas acontece através da
PODA (v.2 - a palavra utilizada por João também significa “limpa”, “purifica”).
Mas o que significa essa PODA?
Parece, pelo contexto da narrativa de João, que a fala de Jesus
aponta para o seu sofrimento, o qual também será experimentado pelos
discípulos, a fim de eles darem mais frutos. O seu ensino, assim, aponta para a
cruz de cada dia, à semelhança do próprio Jesus que caminha para a “grande
cruz” (cf. 16.1-4; 33).
Viver o reino de Deus, então, exigirá rupturas, confrontos e
o abandono de ambições pessoais. Algo que, parece, os discípulos já tem feito
(v.3). Mas ainda é só o começo. Eles devem estar preparados para mais poda, como a perseguição (v.18s).
Mas, na nossa vida, não é apenas através de perseguições que o sofrimento acontece. Ele pode vir, também, a partir de doenças, depressão, solidão, privações, graves problemas morais, pressão familiar, tragédia, acidente ou morte.
Ninguém pode acusar a Bíblia de apresentar um quadro otimista sobre como seria a vida daqueles que seguem a Jesus. Da mesma maneira, ninguém busca ou flerta com o sofrimento, como se ele fosse um benefício em si mesmo. E há sofrimento cuja dor é incalculável. Mas, quando ele vier, sabemos que "somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou" (Romanos 8.37).
Acho que esse é o desafio proposto por Jesus em sua figura da poda na videira: devemos estar prontos para enfrentar as dificuldades de cada dia, ligados a Cristo, a fim de transformar o mal em bem e adquirir a vida de Jesus.
Mas, na nossa vida, não é apenas através de perseguições que o sofrimento acontece. Ele pode vir, também, a partir de doenças, depressão, solidão, privações, graves problemas morais, pressão familiar, tragédia, acidente ou morte.
Ninguém pode acusar a Bíblia de apresentar um quadro otimista sobre como seria a vida daqueles que seguem a Jesus. Da mesma maneira, ninguém busca ou flerta com o sofrimento, como se ele fosse um benefício em si mesmo. E há sofrimento cuja dor é incalculável. Mas, quando ele vier, sabemos que "somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou" (Romanos 8.37).
Acho que esse é o desafio proposto por Jesus em sua figura da poda na videira: devemos estar prontos para enfrentar as dificuldades de cada dia, ligados a Cristo, a fim de transformar o mal em bem e adquirir a vida de Jesus.
Pr. Vinicius
Leitura recomendada:
N.T Wright - NT for Everyone, Simplesmente Cristão e Surpreendido pelas Escrituras.