Há manhãs em que acordamos com a
visão ainda embaçada, ao som do alarme do relógio, e nos esforçamos para
encontrar alguma motivação para enfrentar o dia que começa. Afastamos as
cortinas para nos depararmos com a mesma cena cotidiana e ansiamos pelo dia em
que poderemos sair pela porta e encontrar algo diferente. Nossas vidas diárias
podem perecer previsíveis e insatisfatórias e, então, algo dentro de nós nos
instiga a ir rumo a novos horizontes, na direção daquela curva, no caminho que
os levará a montanhas desconhecidas.
Essa inquietação e esse
descontentamento podem significar o início de algo notável. Ao invés de
simplesmente desconsiderar esse sentimento, dando de ombros com desdém, poderíamos
dar ouvidos ao que o nosso espírito está dizendo. Podemos estar ansiando por um
tipo de vida diferente e não apenas por uma simples mudança. Podemos estar famintos
de significado, de compreensão, de esperança e também de aventura.
Nosso espírito pode estar ansiando
por peregrinação ̶ uma jornada rumo ao desconhecido ̶ mas, ainda assim, uma jornada com um destino.
Nossa
vida pode ser uma peregrinação, uma jornada de descoberta espiritual. Mas
também há ocasiões em que precisamos viajar com nossos próprios pés, andar pelo
mundo deliberadamente, com a intenção de nos permitirmos estar abertos,
animados pela esperança, guiados pelo amor.
Andrea Skevington (adaptado)